19J: Picoenses realizam manifestação contra governo Bolsonaro
O ato de resistência acontece simultaneamente em cerca de 500 cidades do país. Aumento no auxílio e vacinação em massa são as principais pautas.

Cerca de 20 entidades e organizações sociais realizaram, na manhã deste sábado (19), o “19J: #ForaBolsonaro”, que é um ato de crítica ao atual governo federal. A manifestação ocorre durante todo o dia em cerca de 500 municípios do país. Em Picos, ela teve início na Praça Félix Pacheco e manifestantes deslocaram-se até a Josino Ferreira, munidos de bandeiras e cartazes contra o presidente.
De acordo com Thiago Barroso, um dos coordenadores do movimento, a expectativa do ato girou em torno de mobilizar o maior número de representantes de organizações sociais, a fim de demonstrar a força da sociedade picoense na campanha realizada no país este sábado (19).
“Nossa expectativa para o de dia hoje não era fazer um ato numeroso, mas representativo, com várias categorias de trabalhadores, estudantes, juventude em geral, para que Picos mostre sua força e presença nesse cronograma nacional. É um ato de pautas múltiplas. O contexto da pandemia, junto ao Governo Bolsonaro, traz várias pautas. Algumas destas, que eram do passado, como fome e desemprego, aparecem hoje”, disse ele.
Ele enfatizou que a luta é pela preservação dos direitos dos brasileiros, assim como pela expansão da vacinação em todos os públicos, de maneira mais célere.
“Com a redução do auxílio emergencial, com o crescimento do desemprego, com o fechamento do comércio, ainda não podendo atuar de maneira concreta em todos os horários… Tudo isso é uma série de fatores que, junto ao Governo, ataca cada vez mais o direito dos trabalhadores. Ele não combate o vírus da maneira que deveria, então precisamos lutar por vacina para todos. O #ForaBolsonaro vemos como necessidade para transformar nossa realidade”, declarou.
A coordenadora nacional e estadual do Movimento dos Pequenos Agricultores, Maria Casé, frisou a quantidade de pessoas que têm passado fome no país e destacou uma fala de Bolsonaro durante esta semana, discurso este que está em desacordo com a luta pelo direito à vida dos brasileiros.
“Esse é mais um dos 500 atos que teremos pelo país. São 500 cidade mobilizadas. O 19J é um marco importante para nós. Por incrível que pareça, estamos beirando os 500.000 mortos. Então temos uma média de 1.000 mortos por cidade que se levantou hoje para gritar pelo nosso povo. Essa semana o presidente veio a público dizer que a contaminação é mais eficaz que a vacinação. Por isso estamos na rua. Para dizer que exigimos vacina no braço e comida no prato. Estamos passando de 120 milhões de pessoas passando fome, ou seja, mais da metade da população. Além da vacina no braço, precisamos de comida no prato, a partir do auxílio emergencial de, no mínimo, R$ 600,00”, destacou.
Algumas autoridades municipais estiveram presentes na manifestação. Entre elas, o vereador petista Wellington Dantas. Ele lamentou que, em meio à pandemia, a população tenha que ir às ruas em busca dos direitos que lhes são reservados por lei.
“O Brasil chegou a um ponto onde o povo tem que se arriscar em ir às ruas, mesmo com o vírus, porque a situação do jeito que está não dá para continuar. Esse é um presidente que não tem nenhum respeito pelo povo, que ignorou dezenas de propostas de vacina com formas de pagamento que nenhum país teve. Então é alguém que está na cadeira sem intenção alguma de lutar pelo povo, mas apenas proteger seus interesses pessoais. A nossa posição é estar sempre do lado da população. Não podemos nos calar”, declarou.
Cerca de 100 pessoas participaram do ato, que clamava a vacinação em massa dos picoenses e o retorno do auxílio emergencial no valor de R$ 600,00,com o intuito de amenizar o quadro de desemprego e fome que a pandemia expandiu.