Anatel acusa TIM de interromper propositalmente ligações de usuários

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) proibiu no final no mês de julho a venda de chips da operadora de telefonia TIM em 18 estados do país. O motivo adotado para esta proibição foi a baixa qualidade oferecida pela operadora e pela grande quantidade de reclamações na Anatel, de chamadas não completadas e de interrupções de ligações. No estado do Piauí o índice de reclamações foi de 16,2% a cada 100 mil clientes.

Durante o mesmo período, a Anatel monitorou as ligações da TIM em todo o Brasil, e comparou as quedas das ligações de usuários Infinity e “não Infinity”. A Agência acusa a operadora de interromper de propósito chamadas feitas no plano Infinity, no qual o usuário é cobrado por ligação, e não por tempo.
O relatório, feito entre março e maio, foi entregue ao Ministério Público do Paraná.
O documento apontou que a TIM continua derrubando propositalmente as chamadas de usuários do plano Infinity e que o índice de queda é de ligação quatro vezes superior ao dos demais usuários no plano.
O processo ainda faz um cálculo de quanto os usuários gastaram com as quedas de ligações em um dia: no dia 8 de março deste ano, afirma o relatório, a operadora “derrubou” 8,1 milhões de ligações, o que gerou faturamento extra de R$ 4,3 milhões.
Durante as investigações, a TIM relatou ao Ministério Público que a instabilidade de sinal era “pontual” e “momentânea” e protestou ser a única rede de telefonia a ser investigada “embora os usuários de outras operadoras também estejam insatisfeitos”.
*Com informações da Folha de São Paulo