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Bancários do Piauí podem deflagrar greve a partir do dia 27

Agência do Banco do Brasil, no centro de Picos

Os bancários e a Federação dos Bancos não entraram em acordo nas últimas negociações e o risco de greve da categoria aumenta. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Marcos Aurélio, reinvidicações como o reajuste salarial e a maior participação no lucro dos bancos não foram aceitas pela Fenabran.

A categoria pede um reajuste salarial de 12% , tendo em vista que a inflação foi de 7,4%. Na última terça-feira (20), após quatro rodadas de negociação, o Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta apresentada pela Fenaban, que seria 7,8% de aumento salarial, por considerá-la insuficiente.

Além do reajuste imediato, os bancários pedem o aumento do piso salarial de R$ 1.600 para R$ 2.297,51, maior participação no lucro dos bancos, mais segurança para funcionários e clientes. “A PLR, que é a participação no lucro da empresa que a gente recebe a cada seis meses ainda é baixa. O lucro líquido dos bancos esse semestre foi muito alto e não corresponde com o que os bancários ganham. O que ocorre é que há uma concentração de renda muito grande entre funcionários, uma diferença alta de quem recebe mais no banco e de quem ganha menos”, explica Marcos Aurélio.

Nesta quarta-feira (22) os bancários realizarão uma Assembleia Geral para decidir sobre a greve por tempo indeterminado a partir do dia 27 de setembro. “Os bancos não estão muito a fim de atender as nossas reinvidicações, por isso acredito que a greve irá ocorrer”, afirma Marcos Aurélio.

Reclamações
A falta de segurança nos bancos é uma das pautas de reinvidacação dos bancários. Segundo Marcos Aurélio, a falta de segurança é um problema que tem se agravado especialmente no Piauí, sendo um dos estados que mais sofre assaltos a banco. “Nenhum medida é tomada em relação a isso. Estão querendo acabar até com a porta giratória, sei que tem muita gente que não gosta mesmo, mas a grande maioria dos funcionários entende que é uma segurança a mais”, ressalta.

Outra reclamação dos bancários é em relação ao assédio moral, abusos ocorridos no ambiente de trabalho. Confome Marcos Aurélio, o Sindicato recebe constantemente relatos de abuso. ”Quando os funcionários não atingem a meta do mês, o gerente ameaça, trata mal, e há uma queda brusca no rendimento do funcionário, que se sente pressionado e interfere em sua auto estima. Alguns bancos implementaram medidas para evitar isso, mas ainda há muito o que melhorar”, acrescenta.

Protestos
Nesta terça-feira, os bancários de Floriano realizaram um protesto em frente à Agência do Banco do Brasil no município. A mobilização é para pressionar os bancos a atender a reinvidicação de reajuste salarial, o que evitaria uma greve da categoria.

Fonte: PortalAZ

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