Casos de tuberculose em Picos alertam para necessidade de diagnóstico precoce e adesão ao tratamento

A tuberculose segue como uma das principais causas de morte por doenças infecciosas no mundo, mesmo sendo prevenível e com tratamento disponível. Em Picos, a situação acende um alerta: somente nos primeiros meses de 2025, cinco casos já foram confirmados, com maior incidência entre adultos de 25 a 50 anos.
A transmissão da tuberculose ocorre pelo ar, por meio da tosse, fala ou espirro de pessoas com a forma ativa da doença que não estejam em tratamento. A condição é ainda mais preocupante em locais com vulnerabilidade social, agravada nos últimos anos pelos efeitos da pandemia de Covid-19.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu a meta de erradicar a doença nas Américas até 2035. No entanto, especialistas avaliam que o Brasil pode não alcançar esse objetivo se os atuais índices de crescimento forem mantidos. Para o coordenador do Programa de Atenção à Tuberculose (PAM) em Picos, Gilberto Valentim, o diagnóstico precoce é determinante.
“Os sintomas mais comuns incluem tosse persistente por mais de três semanas, febre no final do dia, suores noturnos e perda de peso. Quanto mais cedo a pessoa buscar ajuda, maiores as chances de cura sem complicações”, afirma.
A tuberculose é tratada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com um regime que dura em média seis meses. A adesão ao tratamento é essencial para evitar a progressão da doença e a sua disseminação.
Diante do aumento de casos, os profissionais de saúde reforçam a necessidade de conscientização. A recomendação é que qualquer pessoa com sintomas procure imediatamente uma unidade básica de saúde, evitando a automedicação e contribuindo para o controle da doença na comunidade.