Julgamento é suspenso e viúva será ouvida nesta quarta-feira, 18

Após mais de 12h00 de julgamento, a sessão do Tribunal do Júri, onde está sentada no banco dos réus a empresária Antônia Sousa de Andrade Rocha (Toinha), foi suspensa na noite da última terça-feira,18. A sessão será retomada na manhã de hoje, onde Toinha, apontada pela Polícia como a mandante do crime que tirou a vida de Epaminondas Coutinho Feitosa, o Nondas, como era conhecido, será ouvida. O crime aconteceu no dia 08 de junho de 2013.
A sessão está sendo presidida pela Juíza da 5ª Vara da Comarca de Picos, Nilcimar Araújo Rodrigues, no auditório do Fórum Helvídio Nunes de Barros. O ministério Público é representado pela promotora Itanieli Rotondo Sá. Ao todo, foram ouvidas três testemunhas de acusação e três arroladas pela defesa.

Como previsto pelos assistentes de acusação e defesa o julgamento foi longo, onde a juíza Nilcimar Araújo preferiu dar continuidade aos trabalhos hoje, onde acontecem os debates e o interrogatório da acusada. Durante todo o julgamento, Toinha se mostrou calma mesmo diante dos momentos mais calorosos de discussões.
Motivação do crime
A motivação para o crime conforme conta no inquérito policial, é que a acusada Antônia Andrade Rocha teria “encomendado” a morte do marido, Epaminondas Coutinho, em favor de apólice avaliada em R$400 mil.
Tese de Defesa
O assistente de defesa, Herval Ribeiro, explica que não há provas cabíveis e irrefutáveis que comprovem que Antônia Andrade seja a mandante do crime. Para ele, o inquérito policial construído durante as investigações é de caráter duvidoso.
“Nós estamos há dois anos e quatro meses esperando a acusação provar a participação de Toinha no crime. O que existe é um inquérito policial duvidoso, feito baseado em depoimentos questionáveis e inclusive grande parte dos depoimentos prestados no inquérito policial, eles não foram confirmados em juízo”, disse Herval Ribeiro.

Segundo Herval o que será apresentado ao Conselho de Sentença é a total ausência de provas judicializadas, e não as produzidas dentro da Delegacia.
Tese da acusação
Para o assistente de acusação, José Solano Feitosa, a expectativa é que a Justiça seja feita, e que a sociedade picoense aprove pela condenação da empresária. “O Estado fez o seu papel, a Polícia fez o inquérito policial, e não existe dúvida de que a réu Toinha seja a mandante do crime. Ela é autora deste crime bárbaro”, disse José Solano Feitosa.
José Solano Feitosa relata que a expectativa é que a empresária seja enquadrada por crime triplamente qualificado.
