“A proposta não contempla os interesses dos trabalhadores em educação. Os professores vêm acumulando perdas, apesar do piso está sendo pago. Já os funcionários de escola estão amargando arrochos e redução de salário e para 2018 até o momento o reajuste é zero, aguardando o comportamento da economia, e por fim não obedece a paridade e desrespeita os aposentados”, destacou Paulina Almeida, presidente do Sinte-PI.
A categoria vai se reunir em uma nova assembleia geral prevista para acontecer na terça-feira da semana que vem, dia 27, para deliberar a respeito dos rumos do movimento grevista.
Iniciada às 09h36min
Os trabalhadores da Educação Estadual estão reunidos em assembleia na manhã de hoje (19) para deliberar a respeito da deflagração de greve geral por tempo indeterminado. A categoria vem reivindicando reajuste de 6,81% para todos os servidores, incluindo os aposentados, além de reajuste de 3,14% para os funcionários de escolas, referente a 2017, pagamento reajustado das gratificações e revisão do plano de carreira.
Na semana passada, o Governo do Estado já havia apresentado uma contraproposta oferecendo reajuste de 3,4% para os professores ativos em fevereiro retroativo a janeiro, para ser pago em forma de auxílio alimentação. A outra parcela do reajuste para professores será de 3,41% na folha de maio, constando no vencimento.
Ainda segundo a proposta do Governo, os aposentados receberão reajuste somente em maio, quando for incorporado os 3,4% no vencimento. A segunda parcela de 3,41% deverá ser paga no próximo quadrimestre, por volta de outubro, até o final de 2018.
Para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sinte), a proposta do governo de pagar o reajuste em forma de auxílio alimentação não contempla os aposentados e a categoria não concorda com esta cláusula. A entidade também se manifestou contra o parcelamento do reajuste, afirmando que este foi um acordo feito no ano passado e que não foi cumprido pelo governo.
A assembleia reúne núcleos regionais do Sinte, que já aprovaram a rejeição da proposta apresentada. Votaram pela deflagração da greve as regionais de São Raimundo Nonato, Água Branca, José de Freitas – que decidiu não iniciar o período letivo – Oeiras, Campo Maior, São João do Piauí, Picos e Piripiri.
Caso a categoria decida pela greve por tempo indeterminado na assembleia de hoje, os professores terão 72 horas para avisar à comunidade do movimento e iniciar a paralisação total dos serviços. No entanto, se não for aprovada a greve, os trabalhadores da educação pretendem seguir um calendário de mobilizações que prevê paralisações regularmente até que se chegue a um acordo com o governo.
Fonte: Portal O Dia