Paulistana, na região de Picos, tornou-se o epicentro de discussões importantes sobre o futuro do algodão ecológico, reunindo produtores locais e empresários da França, Alemanha, Reino Unido e Japão. O encontro, realizado na comunidade Caraibeiras, zona rural da cidade, nos dias 25 e 26 de segunda-feira, teve como principal objetivo discutir a expansão de investimentos no setor de algodão agroecológico no território Chapada Vale do Itaim.
Durante a reunião, os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto a usina de beneficiamento de produção de algodão da Associação dos Produtores Rurais do Piauí Agroecológico (APROPRIA), situada em Paulistana. Este momento foi importante para demonstrar a viabilidade e a autenticidade do processo de produção orgânica e agroecológica que caracteriza o algodão ecológico da região.
Osvaldo Mamedio, um dos produtores de algodão ecológico, compartilhou insights sobre as discussões que ocorreram durante o encontro. Segundo ele, o foco esteve em estratégias para aumentar a produção regional, que já alcançou a marca de 13 toneladas exportadas no ano anterior. “Essa visita provou aos representantes de continentes desenvolvidos que nosso processo de produção é genuinamente orgânico e agroecológico. Comprometemo-nos a aumentar o número de produtores para expandir ainda mais nossa produção”, afirmou Mamedio.
O projeto “Produção de Algodão em Sistema Agroecológico”, desenvolvido em Paulistana em parceria com a empresa francesa Vert e a Diaconia, envolve 103 produtores das cidades de São Francisco de Assis-PI e Queimada Nova-PI. A iniciativa abrange diversas comunidades, onde o algodão é cultivado seguindo práticas sustentáveis, desde o plantio, realizado de novembro a fevereiro, até a comercialização.
Em 2023, a produção gerou um retorno financeiro superior a 200 mil reais para a associação. Este sucesso reflete o potencial do algodão ecológico como um produto de exportação valioso e sustentável, capaz de trazer benefícios econômicos significativos para a região e seus produtores.
