Dados do “Painel de Obras Paralisadas”, do Tribunal de Contas da União (TCU), revelaram um percentual alarmante de obras federais paralisadas no Piauí. Segundo o relatório, cerca de 298 empreendimentos com recursos federais estão inacabadas, um total de 32,7% das obras no estado.
Ainda conforme os dados, o total investido nas obras paralisadas equivalem a R$ 586.772.559,00, sendo que 182 obras são da área da Educação (61% do total no Piauí), seguidos de 19 obras para setores da Infraestrutura, dez para o Saneamento, seis da Saúde e quatro da Agricultura.
Com relação ao percentual de obras paralisadas no país, o relatório apontou ainda que houve um aumento de 9,5%, saltante de 29% para 38,5% nos últimos dois anos. Dos mais de 22,5 mil contratos pagos com recursos da União, 8.674 são considerados interrompidos pelo TCU. As obras suspensas somam R$ 27,2 bilhões. O percentual é o maior desde 2018, quando 37,5% dos contratos estavam parados.
No “Painel de Obras Paralisadas”, os internautas poderão ter informações detalhas, através de gráficos e relatórios do órgão federal. A ferramenta reúne as informações mais recentes sobre a execução dos contratos custeados com recursos federais.
O setor da Educação é o que tem a maior quantidade de obras paralisadas: 4.473. Uma área genérica classificada pelo TCU como “em branco” figura em segundo lugar, com 2.869 contratos interrompidos. Na sequência, surgem Saneamento (388), Saúde (289) e Infraestrutura de Transportes (277).
O “Painel de Obras Paralisadas” informa as principais causas das obras paralisadas. Com base em análise amostral realizadas em 2018, o mau planejamento dos empreendimentos é o principal fator de paralisação. O gerenciamento ineficiente dos contratos está geralmente relacionado a projeto básico deficiente; falta de contrapartida de estados e municípios; e falta de capacidade técnica para execução do empreendimento.
No caso específico da Educação Infantil, a ferramenta sugere como principais causas de paralisação os contratos rescindidos, o abandono da empresa e as irregularidades na gestão anterior. De acordo com o TCU, não foram realizados estudos sobre os impactos da pandemia de Covid-19 nas obras em andamento.
Fonte: Oito Meia , com informações da Agência Senado